sábado, 6 de novembro de 2010

Os dois lados do medo

Quem nunca teve medo? Medo do escuro quando criança, medo de ser assaltado quando adolescente, medo de perder o emprego depois de adulto. Em todas as fases da vida, o medo está presente. Mas sentir medo é um privilégio de quem está vivo e devemos saber usa-lo à nosso favor. Afinal, há uma razão para que ele exista.

O medo sempre nos remete ao desconhecido. Não saber o que vem pela frente é amedrontador. E isso nos leva a outros sentimentos que na maioria das vezes não são agradáveis. Angústia, ansiedade, pânico são alguns exemplos. Mas o medo tem uma função fundamental em nossas vidas. É o medo que nos limita. Ter medo impõe limites e nos impede de fazer tudo que nos vem à mente. O medo é um freio. Tê-lo é importantíssimo e saber usá-lo em nosso favor é mais importante ainda. 

Apesar de o medo ser um limitador, ele não pode nos bloquear. Limitar é uma coisa. Impedir é outra e não podemos deixar o medo nos dominar. O medo, se bem utilizado, garante que não façamos bobagens, mas sem controlá-lo, ele paralisa. É uma energia poderosa. Deixamos a vida passar despercebida enquanto paralisados pelo medo. Perdemos oportunidades incríveis, deixamos de fazer coisas legais, abrimos mão de momentos, suportamos situações desagradáveis.

Como disse anteriormente, sentir medo é um privilégio dos vivos. Não há nada de errado em senti-lo. O problema é perder o controle. Perder a noção do que é real e do que é ilusório. Então, o negócio é viver com medo e enfrentá-lo para alçar vôos cada vez mais altos e aproveita-lo para não se arrebentar ao sair do chão.